Dyana Dua

Nascida numa família conservadora, onde os sonhos de uma mulher passam despercebidos. Ser uma “boa mulher”, significa terminar um curso aceite e aprovado por toda a família, boa dona de casa e mãe, sem perturbar o parceiro. Assim fui ensinada sobre um “modelo ideal” de mulher que me deveria tornar. O que deveria sentir, dizer ou fazer, que o meu corpo não se adequava aos meus sonhos e que segui-los era uma loucura, porque nunca viveria da dança ou da escrita. 

Mestrada em Engenharia Geotécnica e Geoambiente, teve a oportunidade de descobrir a sua desmedida paixão por minerais e geologia, a magia e sabedoria do planeta terra.

Mais tarde, quando já abraçava o seu percurso no Dancehall, tirou a pós-graduação em Dança contemporânea na ESMAE, criando a peça “Ah mi Eh Mudjer”, onde, através da sua linguagem de movimento, dancehall, criou um momento libertador em palco.

Apresentou o primeiro documento oficial em Portugal que aborda a cultura caribenha, após finalizar o mestrado em Artes Cénicas, na vertente de Interpretação e Direção artística, na ESMAE.

A escritora encontrou na escrita e no Dancehall o seu refúgio, um lugar seguro para SER, sem medo de ser julgada. Onde a sua essência e verdade seriam respeitadas. A escrita e o Dancehall são a sua maneira de comunicação mais autêntica, com um toque de vulnerabilidade, abrindo as portas para um mundo que até então foi só seu. Entende agora que tem de ser partilhado, porque somos muitos a viver os mesmos sentimentos, independentemente das nossas realidades.

Professora, organizadora de eventos e fundadora de Dancehall em Portugal, é uma investigadora da cultura caribenha, com especial foco no Dancehall e a vertente feminina do mesmo. 

 
 
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